quarta-feira, 11 de março de 2015

Panelaço da Dilma



Preciso dizer que ri logo após a exibição, no mínimo cafona, da última edição do dominical Fantástico. Uma das matérias exibidas falava sobre o pronunciamento da presidenta que explicava as mudanças pelas quais o Brasil passará. Desconfiei do espaço “cedido” pela Rede Globo, mas nem tive tempo de fazer minhas elucubrações e a resposta apareceu. No meio da fala da presidenta surgia vaias, gritos, xingamentos, e um panelaço, atitudes estas que adivinhem: foram o foco da reportagem. 
Onde está a cafonice? Na falta de bom senso dos redatores e roteiristas da “revista eletrônica” em citar o nome dos bairros em que houve o ato contra o governo, a saber, Moema, Higienópolis, Vila Madalena, Jardins, e Morumbi em São Paulo, e Leblon, Barra da Tijuca, e Ipanema no Rio de Janeiro. Pergunta: os moradores destes bairros pertencem a qual classe social? Entendeu? Vou explicar! 
É lógico que a “elite branca” termo posto por Cláudio Lembo (ex-governador de São Paulo) possui ódio do atual governo, afinal foi por culpa de Lula e Dilma que pobre começou a ter acesso à universidade e à programas de intercâmbio (Ciência sem Fronteira). Pobre passou a frequentar os mesmos espaços como shopping e aeroporto. E isso incomoda! O protesto não era contra os malfeitos, mas sim, pela benesses destinadas aos que possuem menor renda. Reitero: isso incomoda! 
O mais cômico do “panelaço no terraço gourmet” é ver as madames e seus maridos com as panelas de teflon e porcelana xingando aos berros a presidente Dilma Rousseff. Concordo com Sakamoto (Blog do Sakamoto) tem de ter muita coragem para xingar do alto de seu apartamento, uma mulher de vaca. Eis a elite paulista dando outra demonstração de como é ser chique. O bom é saber que dinheiro não é sinônimo de educação. 
Por fim, encerro com a fala do Juka Kfouri (Blog do Juka Kfouri) quando ponderou que nem todos os integrantes da elite participaram do panelaço, é que parte deles nem sabia onde ficava a cozinha.  

Wellington Rodrigues
Wellington Rodrigues é Professor de Língua Portuguesa(UMC) e especialista em Ética, Valores e Cidadania na Educação(USP)

Nenhum comentário: