sexta-feira, 10 de julho de 2015

Vão Boicotar a Coca-Cola?

Algumas empresas estão demonstrando sua intenção em ajudar o mundo a ser mais tolerante. Isto não é tarefa fácil, pois desagrada parte das pessoas. Ironicamente há religiosos envolvidos nos bastidores da ofensiva contra aqueles que respeitam a liberdade alheia. A ironia aparece quando seguidores de um Deus que propaga “amor” se dispõem a vociferar contra os demais. Basta recordarmo-nos da reação ao comercial do O Boticário que simplesmente deixou claro a existência de diversos casais (como se isso fosse alguma novidade). Há quem tenha dito para “boicotar” a marca, afinal esta incentivava à homossexualidade.
Para os que desejam aventurar-se neste caminho proposto por ignóbeis de Deus a tarefa não será nada fácil. Terão de boicotar o Facebook, a Microsoft, a Apple, a Motorola, a Coca-Cola, etc. A lista de multinacionais que respeitam a vida, o amor e a individualidade de cada um, é gigante. Creio ser tão mais fácil e simples seguir as palavras de Jesus (se é que alguém faz isso) quando ele disse “amai ao próximo como a ti mesmo”.
Às vezes fico incomodado com o crescente número de adeptos à religiosidade. O problema em si não é ser religioso, mas sim, ser um “analfabeto religioso”. Pessoas que possuem problemas de leitura e interpretação devem ficar longe da Bíblia e da porta/interior de qualquer instituição religiosa. Alguns dirão: isso é preconceito. E eu respondo: é precaução.
Um analfabeto religioso é capaz de dizer/escrever as mais perversas sandices contra a humanidade e ainda assim acreditar que está fazendo um serviço ordenado por Deus. Eles não sabem o que significa “amor”, pois são medíocres demais para compreender nobre sentimento. Fazem e repetem as mesmas atitudes dos fariseus, hebreus, faraós e outros da antiguidade.

Com toda certeza Deus e Jesus envergonham-se destas pessoas. Acho até que pensam em fazer como Santos Dumont em 1932 ao ver sua invenção utilizada para a guerra. Mas não podem. Ainda bem que não podem.



P.s.: caso você não entenda a mensagem do vídeo assista-o novamente e verá que o Diego agiu naturalmente ao saber que seu amigo Rafael namorava o Felipe. Esta á a mensagem.


Prof. Wellington Rodrigues

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Sua princesa com cabelos de princesa!

Exibindo cabelos_crespos.jpg
Antes de iniciar devo confessar que não costumo assistir televisão. Isto não se dá por questões religiosas, mas sim, por imposições profissionais, afinal ser professor é abrir mão de alguns luxos ou “lixos” dependendo da programação. No entanto, falarei a respeito do comercial da Johnson.
Certo dia dei-me o direito de sentar-me e assistir a algo qualquer que entretivesse minha mente. Eis que o famigerado comercial aparece na tela sob o título: Gotas de Brilho. Naquele mesmo instante fiz uma aposta comigo mesmo na qual doaria meu salário integralmente a uma instituição de caridade caso aparecesse, uma menina única negra no comercial. Infelizmente ganhei.
Ao longo dos 30 segundos de propaganda algumas meninas brancas e de cabelos lisos aparecem brincando em uma banheira e tendo os cabelos lavados pelo shampoo (ou xampu se preferir). Ao som de uma música, cuja letra dizia “[...] Uma vez no Reino dos Ladrilhos uma fada disse assim: gostas de brilho façam espuma. Cabelos de princesa, cantavam passarinhos, e o sol sorriu [...]”, fiquei pensando: como uma menina negra reagiria a este comercial? De que forma os pais explicariam para a filha que seu cabelo não era o da princesa?
Fiquei perplexo com a facilidade de perpetuar o preconceito. Em apenas meio minuto exclui-se um grupo de pessoas e reservamos o chamado “belo” a outro. Minha crítica é por ter em vista que este comercial é voltado ao público infantil, e desde cedo as crianças são forjadas a ocuparem lugar de princesa, bruxa, ou dragão.
Uma última questão ainda veio à minha mente: será que mais alguém enxergou a barbárie desta campanha? Talvez não. Espero que a única reação a esse tipo de ofensa não seja apenas o trocar de canal.

Prof. Wellington Rodrigues

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Em tempos de internet a conversa do jantar é feita no grupo do WhatsApp

Em algum momento da minha vida ouvi dizer que a internet encurta distâncias e que aproxima pessoas que encontram-se em diferentes lugares do mundo. Até que ponto isso é verdade? 
A internet vem se popularizando de tal forma que a previsão é de que em 2015 o Brasil se torne o 4º país do mundo com mais pessoas conectadas, à frente do Japão. Uma reportagem da Folha de S. Paulo mostrou que o número de pessoas que utilizam internet pelo celular cresceu 106% entre 2011 e 2013. Esse mercado promissor atrai principalmente os jovens que acabam viciados em redes sociais e sites de relacionamentos.
Em contrapartida as relações familiares estão cada vez mais fragilizadas. É o que está representado na charge acima, satirizando a relação entre pais e filhos, evidenciando que a cada dia essa comunicação vem ocorrendo cada vez mais pelos meios digitais, mesmo que as partes estejam a poucos metros de distância, dentro do mesmo espaço.
Afinal, a internet aproxima ou distancia as pessoas? 

Prof. Marcelino Peres

domingo, 17 de maio de 2015

Fast Food


Um amor jurado ao pé do ouvido:
- Você!
- Tudo!
- Só nós!
- Sempre!

Durou até o próximo número da lista de contatos.

domingo, 10 de maio de 2015

Deve existir limites no humor?

O conhecido "humor negro" está presente nas redes sociais. Quem nunca visualizou uma postagem que se utilizava da deficiência, da etnia, religião, classe social ou sexualidade de alguém para fazer humor? Certo ou errado? Curtir e compartilhar imagens e vídeos com tais conteúdos o torna preconceituoso? Deve existir um limite na produção do humor?
Há quem defenda a liberdade de expressão e acredite que não deva existir limitações, e que estas limitações seriam consideradas censura. Em contrapartida, criticar um tipo de humor o qual não me agrada é censura? E onde está o meu direito de expressar minha indignação com ideias das quais não compartilho?
Particularmente acredito que o limite é sempre o bom senso. Há humoristas famosos que se redimiram publicamente por piadas indevidas, mas há também aqueles que se sentem acima de qualquer imposição social, que acreditam que podem falar e escrever o que bem entendem e ainda não recebem bem as críticas.
Estamos sim em um país livre. A liberdade de expressão é nosso maior presente. Mas há ainda os limites impostos pela lei. A estes limites todos estamos sujeitos. Qualquer pessoa que se sinta ofendida por uma piada, um post, um vídeo tem o pleno direito de procurar a justiça para defendê-la. 
O que me motivou a escrever este post foi a imagem ao lado. Da leitura do post não é necessário ser um gênio para concluir que o "humorista" que a criou está associando que um portador de Síndrome de Down é incapaz de realizar um bom trabalho. Este é um tipo de humor que ridiculariza um indivíduo, colocando à prova suas habilidades. Um tipo de humor baixo que tenta a qualquer custo captar o maior número possível de curtidas e compartilhamentos, mesmo que isto possa ofender alguém.
Continuei minha busca por imagens deste mesmo gênero: humor negro. Me deparei com uma série de posts excludentes e racistas os quais não citarei aqui para não ser confundido com mais um destes "humoristas", mas que de fato me fizeram refletir sobre os limites do humor.
E para você, deve existir limites no humor? Ou tudo é válido e pode ser compartilhado, mesmo que desagrade alguém?

Prof. Marcelino Peres

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Desafogo

Exponho.

Desagalho-me sem absoluta pretensão cientificista, academicista, tecnicista ou qualquer outro “ista” que aparecer na... lista (confesso, às vezes não dá pra escapar). Fato é que estou entalada. Vamos ao vômito:
Uma criança é estuprada e morta.

Há protestos.
A imprensa da sensação, sentindo o odor fétido da audiência, acampa.
A imagem da criança violentada roda as redes sociais.
O bairro tem seus 15 minutos de fama.
Fama?!!!
Sim. Esse é o vocábulo quase gritado em êxtase, a mim, por adolescentes que, no ápice de uma indignação fingida, escancaram a incapacidade de enxergar outro humano à frente de seus jovens narizes: eis o resultado do bombardeio da hipocrisia do mundo adulto.
Em tempos de tecnologia e velocidade vendidas como ilimitadas, pessoas são encabrestadas a crer que podem tudo. E rompem com o limite da humanidade na ânsia por exposição. No percurso, vão arrastando crianças e adolescentes para dentro desse mundo adulto hostil, competitivo, massacrante, obrigando-as a formarem-se para o massacre.
Nossas crianças estão descobertas.
O infanto-juvenil sangra.
Que humanidade teremos para os próximos tempos?
Meu estômago dá um nó de marinheiro. Preciso vomitar a vida.

Professora Daniele Prado
(Professora de Língua Portuguesa e nova colaboradora do Blog Clique Educativo)

Comprar pela internet é seguro?


Por Marcelino Peres

Uma pesquisa realizada em 2012 pela F-Secure (uma empresa especializada em segurança na internet) revelou que 84% dos brasileiros tinham receio de efetuar compras pela internet. Apesar do receio, a pesquisa revelou um dado curioso: apenas 2% dos entrevistados declararam nunca terem feito uma compra pela internet com cartão de crédito.
O fato é que o e-comerce cresce cada vez mais e a expectativa é que no período entre 2012 e 2017 o mercado do comércio eletrônico tenha movimentado aproximadamente US$ 25bilhões apenas no Brasil.
Atualmente, existem meios de pagamento que garantem a entrega do produto ou a devolução integral do valor pago caso ela não seja efetuada, como por exemplo o Mercado Pago, o PayPal, o PagSeguro, dentre outros. Estas são empresas que intermedeiam as transações entre o comprador e o vendedor, cabendo ressaltar que estas empresas são idôneas e comprometidas com o serviço que prestam. Portanto, ao efetuar uma compra pela internet em que o pagamento é intermediado por uma delas, significa que as chances de você não receber seu produto são mínimas.
Há ainda empresas que efetuam suas próprias transações. No entanto, neste caso é necessário ficar um pouco mais atento e comprar apenas em lojas que já possuem credibilidade no mercado.
Uma dica para quem nunca comprou pela internet, mas deseja começar a usufruir desta comodidade, é fazer uma primeira compra de um produto de pequeno valor e pagá-lo através de boleto bancário. Desta forma, você poderá avaliar alguns quesitos importantes no mercado virtual, como o cumprimento do prazo de entrega e a comunicação e serviço de informação da loja em questão, afinal uma boa loja virtual deve lhe informar por e-mail sobre cada procedimento que está sendo tomado em relação à sua compra, desde a finalização até a entrega do seu produto. As empresas que utilizam os Correios como logística de entrega devem lhe informar o código de rastreio do produto assim que ele for postado. Através deste código você acompanha através do site dos Correios cada passo até que ele chegue em suas mãos. Já empresas com logística própria costumam lhe informar cada passo do seu produto através do e-mail ou SMS.
O fato é que comprar pela internet é muito mais cômodo e certamente é o futuro do mercado, afinal você não enfrenta filas, não paga estacionamento e recebe o seu produto em casa com poucos cliques. Mas você deve estar se perguntando: E se eu não gostar do produto? Neste caso, o Código de Defesa do Consumidor garante que você poderá desistir da compra em até 7 dias após o recebimento do produto, tendo a totalidade dos valores pagos devolvidos ou a possibilidade de trocar o seu produto por outro e o custo pela devolução é de responsabilidade da empresa.
Se você nunca efetuou uma compra pela internet, faça uma experiência! Deixarei abaixo um link de uma loja virtual minha em parceria com o Magazine Luiza. Faça o teste com um produto de pequeno valor e analise os quesitos expostos acima.

A WM Store é uma parceria com o Magazine Luiza. Aqui você efetua sua compra com facilidade, comodidade e, acima de tudo, segurança. Experimente!


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quinta-feira, 7 de maio de 2015

Mais educação = Menos violência

Em 1993 foi quando foi apresentado pela primeira vez o Projeto de Emenda Constitucional (PEC) para redução da maioridade penal. A ideia "brilhante" foi de ex-deputado federal Benedito Domingos (PP-DF). Digo "brilhante" porque este é um tema polêmico que durante todos estes anos angariou milhares de votos para os políticos defensores desta ideia estapafúrdia. Aliás, esta é a única coisa para a qual este projeto é bom: angariar votos.
A população revoltada com tantos crimes bárbaros cometidos por menores de idade que, segundo a Constituição Federal, são inimputáveis, não são capazes de analisar o problema em todo seu contexto. Desde 1993 o discurso fervoroso de políticos à favor da redução da maioridade penal vem elegendo pessoas incompetentes e gananciosas que se aproveitam da falta de informação e capacidade reflexiva das pessoas. Menores que cometem crimes, independentemente da gravidade dos fatos, são jovens que foram abdicados pelo estado do acesso à educação de qualidade e muitas vezes convivem em um ambiente impróprio para a formação moral, cultural e ética de um indivíduo. No entanto, é omitido o fato de que tais condições são obrigações constitucionais destinadas ao poder público.
O que quero colocar em evidência neste post é que políticos mal-intencionados estão utilizando a falta de senso crítico da população, unidos com a sua revolta e sensação de impunidade, para se manter no poder, uma vez que a PEC da redução da maioridade penal não soluciona o problema, até porque, mesmo que aplicadas as penas vigentes, ainda permanecerá a sensação de impunidade, já que são brandas demais, pois nosso Código Penal é ultrapassado e muitas vezes desproporcional.
O problema relacionado aos menores infratores só será definitivamente resolvido com investimentos sólidos em educação. Construir escolas e não presídios! Com a construção de escolas e a ampliação do acesso à educação de qualidade, crianças e adolescentes tem mais oportunidades e consequentemente não há espaço para o crime. Colocar um adolescente em um presídio junto aos adultos é abrir mão de um futuro que poderia ser recuperado se o poder público tivesse mais coragem de enfrentar o problema de frente.

O fato de ser contra a redução da maioridade penal, não significa que defendo a impunidade para os menores infratores, mas sim defendo que as instituições responsáveis por estes menores, como por exemplo a Fundação CASA, tenham maiores investimentos e acompanhamentos de profissionais para que o jovem seja, de fato, recuperado através um trabalho socioeducativo.

Acreditar e defender a ideia de que a criminalidade diminuirá prendendo jovens infratores e aplicando as penas vigentes é pura inocência e desinformação. Enquanto isso, os chefes do executivo fazem a sociedade acreditar que esta é a única solução para tanta violência, eximindo-os da culpa por terem abandonado a educação pública. Aliás, acho até compreensível que não se invista em educação, afinal um povo instruído expulsa maus políticos com a ponta do dedo... na urna!

Prof. Marcelino Peres

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Greve dos Professores de SP: 55 dias de luta

No dia 13 de março de 2015, mais uma vez os Professores do Estado mais rico da nação, São Paulo, decidiram entrar em greve tendo em vista uma enorme e justa pauta de reivindicações. Desde então, tenho buscado acompanhar a luta destes guerreiros através das postagens nas redes sociais, dos depoimentos de colegas e, claro, das versões dadas pela mídia nada imparcial.
Muito me entristece ao analisar todo este contexto da greve e concluir que a classe docente não tem o apoio que merece da própria sociedade, inclusive de grande parte dos colegas que insistem em não participar deste movimento justo em busca de mais qualidade no ensino público. Pra falar bem a verdade, não consigo compreender como é que professores, formadores de opinião, multiplicadores de conhecimento, conseguem ficar inertes diante de tanta injustiça entre seus pares. Atualmente o professor é o profissional com ensino superior mais desvalorizado do mercado. Há profissões de nível médio que recebem o dobro da remuneração de um docente. Podemos tomar como exemplo os estagiários da ALERJ - Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, que nesta semana receberam aumento de 93%, totalizando aproximadamente R$3 mil mensais por 4 horas diárias de trabalho.

No entanto, a pauta de reivindicações é muito mais extensa. A educação precisa ser revisada e necessita urgente de atitudes concretas que contribuam para o avanço da nossa sociedade. É impossível que um professor consiga atingir plenamente seus objetivos pedagógicos tendo mais de 40 alunos em sala de aula, dispondo apenas de recursos básicos, como lousa e giz, ou nem isso. Um professor precisa ter uma carga-horária em que esteja previsto o tempo necessário para o preparo das aulas, correção de atividades, trabalhos e avaliações. Ele precisa que sua remuneração seja digna e suficiente para manter suas despesas e para que possa investir na sua formação pedagógica e cultural. A escola precisa de recursos para se tornar mais atrativa, mais dinâmica e um verdadeiro ambiente de aprendizagem.
A escola precisa disso... o professor precisa daquilo... mas há anos que estas necessidades são apontadas e apenas soluções paliativas são apresentadas. Nada que resolva efetivamente o problema da educação no estado de São Paulo.
Infelizmente parece que ainda estamos longe, muito longe de atingir os objetivos da classe docente. Por um lado temos um sindicato fraco, que sempre se contenta com as migalhas e, na boca dos professores, é absolutamente político. Por outro lado há milhares de professores despolitizados e acomodados que decoraram um discurso de que não confiam no sindicato, por isso não entram em greve, mas não incapazes de compreender que o sindicato é construído pela própria classe trabalhadora. Se ele não luta pelas mudanças, de fato nada mudará. Por um terceiro viés ainda há um governo que analisa e se diverte com toda esta situação de conflito interno, tendo um apoio mais do que necessário da mídia. Um governo que corta os recursos da educação e não reconhece que a greve seja legítima. Um governo absolutamente descompromissado que deseja um povo que tenha apenas um diploma e um histórico escolar - apenas uma folha de papel, mas que de conhecimento não tenha levado nada, porque assim fica mais fácil se manter no poder. E ainda temos uma mídia que destina mais tempo do seu principal telejornal para mostrar o panelaço de uma parcela da sociedade que não aceita a democracia, do que para evidenciar e denunciar o caos da educação no estado de São Paulo, e quando faz alguma menção utiliza de recursos gramaticais e discursivos para confundir a população e fazê-los acreditar que todo o caos não tem nada a ver com o intocável e todo poderoso Geraldo Alckmin.
Amanhã, 07 de maio de 2015, ocorrerá uma audiência de conciliação entre o sindicato dos professores e o governo do estado. Penso que seria o dia ideal para 100% de paralisação, para mostrar o descontentamento de todos os docentes, mas sei que isso é utópico. Realmente é muito mais fácil ser parasita e permanecer de braços cruzados esperando os benefícios conquistados por aqueles que estão há mais de 50 dias lutando, lutando para que todos tenham mais qualidade de vida no trabalho, lutando para que a profissão se torne mais atrativa para bons profissionais que diariamente procuram outros empregos, lutando para que a educação seja de qualidade para todos.
E para finalizar, deixo uma música do grande Gabriel O Pensador que faz refletir sobre toda essa situação de inércia por parte de alguns colegas.

Prof. Marcelino Peres


quarta-feira, 29 de abril de 2015

SANGUE: A TINTA USADA PARA MUDAR A HISTÓRIA.

O que é ser professor? Seria muita pretensão de minha parte querer neste simplório texto chegar a alguma definição para esta questão. No entanto, posso fazer alguns aforismos a respeito deste assunto, haja vista ser um professor.

Na verdade, creio que um dos papéis de um docente é provocar. Isto mesmo, ele deve provocar seus alunos a quererem aprender e, assim, caminharem com os próprios pés.
Provocar outro ser humano não está apenas associado ao pensamento primário de violência, mas sim, incitá-lo a pensar. Eis aí nosso maior desafio: formar um cidadão crítico, capaz de ser sujeito no mundo e senhor de sua própria história.

Para que seja dado cabo de algo tão gigantesco como sugere este texto, um mestre JAMAIS poderá se dar ao luxo (se é que isto é luxo, pois prefiro chamar de lixo) de acomodar-se em relação ao mundo que o cerca. Um professor inerte aos acontecimentos do cotidiano não é um professor, é na verdade um parasita que não forma e tampouco informa de maneira competente seus educandos. Com toda certeza, ele apenas ocupa – indevidamente – um lugar destinado aos seres que desejam mudanças contínuas e profundas na sociedade.

Esta introdução é apenas para deixar claro meu nojo em relação às atitudes do Governo do Paraná, sob o comando de Beto Richa do PSDB, quanto à greve dos professores. Colocar a força policial munida de gás lacrimogêneo, balas de borracha, cassetete, cachorros, e ódio, muito ódio, além da natural submissão tola (aquela que se obedece de forma irracional). Como é fácil atacar com truculência quem possui apenas giz e saliva para se defender. Covardes, medíocres, limitados, alienados!

Sobre o papel docente, ele é inenarrável, pois transpassa os muros de uma escola para lutar diariamente por um país melhor. Lutar literalmente, e reunir forças suficientes para continuar esta dolorosa caminhada, a qual recebe-se muito desrespeito, muito desamparo, muita incompreensão, muito tapa, e pouco, pouquíssimo reconhecimento.

Ficam aqui duas reflexões: primeira (destinada a todos): como iremos evoluir se ainda temos coragem de atacar nossos mestres? Segunda (pensamento de um professor que luta): “Eu vivo sem saber até quando ainda estou vivo, sem saber o calibre do perigo. Eu não sei da onde vem o tiro” – obrigado Paralamas.

Encerro com imenso pesar e dizendo: Força meus amigos professores paranaenses e paulistas, afinal a tinta usada para se escrever as grandes histórias, capazes de mudar os rumos de uma nação, é  o sangue.



Wellington Rodrigues
Wellington Rodrigues é Professor de Língua Portuguesa(UMC) e especialista em Ética, Valores e Cidadania na Educação(USP)

sábado, 25 de abril de 2015

Tire suas dúvidas sobre o Imposto de Renda 2015

Hoje já é dia 25 de abril. A entrega da declaração é até 30 de abril de 2015. Faltam apenas 5 dias!!! Fique esperto e não perca o prazo, evitando pagar multas por atraso!

Segundo o G1, 40% dos contribuintes ainda não enviaram a declaração. Deixando para última hora, certamente muitas dúvidas surgirão, sendo assim, assista o vídeo abaixo para esclarecer algumas delas.




quarta-feira, 11 de março de 2015

Panelaço da Dilma



Preciso dizer que ri logo após a exibição, no mínimo cafona, da última edição do dominical Fantástico. Uma das matérias exibidas falava sobre o pronunciamento da presidenta que explicava as mudanças pelas quais o Brasil passará. Desconfiei do espaço “cedido” pela Rede Globo, mas nem tive tempo de fazer minhas elucubrações e a resposta apareceu. No meio da fala da presidenta surgia vaias, gritos, xingamentos, e um panelaço, atitudes estas que adivinhem: foram o foco da reportagem. 
Onde está a cafonice? Na falta de bom senso dos redatores e roteiristas da “revista eletrônica” em citar o nome dos bairros em que houve o ato contra o governo, a saber, Moema, Higienópolis, Vila Madalena, Jardins, e Morumbi em São Paulo, e Leblon, Barra da Tijuca, e Ipanema no Rio de Janeiro. Pergunta: os moradores destes bairros pertencem a qual classe social? Entendeu? Vou explicar! 
É lógico que a “elite branca” termo posto por Cláudio Lembo (ex-governador de São Paulo) possui ódio do atual governo, afinal foi por culpa de Lula e Dilma que pobre começou a ter acesso à universidade e à programas de intercâmbio (Ciência sem Fronteira). Pobre passou a frequentar os mesmos espaços como shopping e aeroporto. E isso incomoda! O protesto não era contra os malfeitos, mas sim, pela benesses destinadas aos que possuem menor renda. Reitero: isso incomoda! 
O mais cômico do “panelaço no terraço gourmet” é ver as madames e seus maridos com as panelas de teflon e porcelana xingando aos berros a presidente Dilma Rousseff. Concordo com Sakamoto (Blog do Sakamoto) tem de ter muita coragem para xingar do alto de seu apartamento, uma mulher de vaca. Eis a elite paulista dando outra demonstração de como é ser chique. O bom é saber que dinheiro não é sinônimo de educação. 
Por fim, encerro com a fala do Juka Kfouri (Blog do Juka Kfouri) quando ponderou que nem todos os integrantes da elite participaram do panelaço, é que parte deles nem sabia onde ficava a cozinha.  

Wellington Rodrigues
Wellington Rodrigues é Professor de Língua Portuguesa(UMC) e especialista em Ética, Valores e Cidadania na Educação(USP)

domingo, 8 de março de 2015

Vamos Falar Sobre: Dia Internacional da Mulher




Quando alguém te disser: “Feliz Dia das Mulheres” ou “Feliz Dia Internacional da Mulher”, pergunte-se se você por algum acaso conhece o que isto significa. 
Este texto aparentemente irá contra os dizeres belos grafados ao lado de lindas imagens – muitas vezes de flores – dedicados às mulheres. Não que tenhamos algo contra a elas, mas sim, por termos muito a favor.  
Não se pode ignorar o motivo pelo qual este dia entrou para a História. Eu não digo isso apenas com o intuito de pesquisarmos o que ocorreu de fato, mas sim, de compreendermos o que levou ao fato: machismo. Este mal – machismo – crença de que o homem é “superior à mulher”, “cabeça da família” ou “aquele que deve estar na dianteira” leva a muitos a tomarem atitudes monstruosas contra o sexo feminino.  
Aquelas mulheres operárias da indústria têxtil que em 8 de março 1857 (ou 1908 como abordam alguns historiadores) foram queimadas por lutarem em prol de direitos. No entanto, mais de cem anos depois deste marco ainda sofrem as mulheres em busca de igualdade e dignidade.  
Esta luta chegará ao fim quando tivermos uma educação básica preocupada com a formação integral de seus alunos voltada para os valores, tais como, respeito, honestidade, justiça, tolerância, comprometimento, entre outros. 
Enquanto não ensinarmos que todos devem se respeitar não teremos avanços mais consistentes, e ainda precisaremos ter em mente telefones como 181 ou 11 5521-6068, respectivamente Disque Denúncia e Delegacia da Mulher (SP). Não creio que esta data seja de comemoração, mas sim de reflexão e ação. 

Wellington Rodrigues
Wellington Rodrigues é Professor de Língua Portuguesa(UMC) e especialista em Ética, Valores e Cidadania na Educação(USP)

GLADIADORES DO ALTAR


De fato o Brasil surpeende-nos a cada dia. Não bastasse os atos corruptos e a mídia golpista – aquela do PIG – tentando afundá-lo a cada instante, temos agora os tais Gladiadores do Altar. Quem são? Um grupo de jovens alienados – fruto da Educação Pública sucateada – reunidos por “bispos” da Igreja Universal para em nome (adivinhe de quem? Dele mesmo) de Deus espalhar as “boas-novas” do Evangelho. 
Em um vídeo publicado pela própria instituição religiosa, eles desfilam em uma marcha (digamos militar) e param em frente ao altar para ouvir os comandos do bispo, que aos gritos (só pra variar) lembra-os de sua missão: o altar.


Na página da Universal há uma explicação sobre este movimento, de acordo com eles, trata-se de “um projeto que visa formar jovens disciplinados e altamente preparados para enfrentar os desafios diários de ganhar almas e fazer discípulos”. Não sei, mas acho que isso vai dar merda. Penso isso, principalmente após ver – com dor imensurável no coração – um vídeo dos extremistas jihadistas – Estado Islâmico – invadirem um museu na cidade de Mossul e destruir peças relevantes para humanidade datadas de 800 a.C.
Você pode questionar-se sobre qual a relação existente entre os dois grupos. Resposta: ambos têm suas bases em interpretações a bel-prazer dos manuscritos bíblicos, o que nos leva ao caos. A Igreja Universal ainda está no rascunho desta idéia absurda, mas deseja aumentar seu “exército”. Em breve teremos uma “infantaria celestial anencéfala” pronta a esmagar quem tiver outra leitura de mundo que não a deles. Mas eles sabem ler? 




Wellington Rodrigues
Wellington Rodrigues é Professor de Língua Portuguesa(UMC) e especialista em Ética, Valores e Cidadania na Educação(USP)

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Vamos Falar Sobre...

Boas Vindas. Isto mesmo. Após alguns meses de negociação passo a fazer parte da intrépida equipe de redação do Clique Educativo. Escreverei aqui, neste espaço, em uma coluna antenada com o contidiano e sem medo de abordar todos os temas. Justamente por este motivo é que resolvemos chamá-la de VAMOS FALAR SOBRE... e logo embaixo anunciar o tema abordado. Cada semana um assunto diferente, dos mais variados gostos, desde Política, perpassando pela literatura de Machado de Assis e Saramago até dicas de como se sair melhor em concursos.
Deixem seus comentários, sugestões, reclamações, afinal aqui é imperativo a democracia, e o debate de ideias deve brotar em nossas mentes. Um grande abraço e não se esqueça de nosso encontro semanal todas as terças-feiras. Sejam bem-vindos. Até lá.

Wellington Rodrigues