sexta-feira, 8 de maio de 2015

Comprar pela internet é seguro?


Por Marcelino Peres

Uma pesquisa realizada em 2012 pela F-Secure (uma empresa especializada em segurança na internet) revelou que 84% dos brasileiros tinham receio de efetuar compras pela internet. Apesar do receio, a pesquisa revelou um dado curioso: apenas 2% dos entrevistados declararam nunca terem feito uma compra pela internet com cartão de crédito.
O fato é que o e-comerce cresce cada vez mais e a expectativa é que no período entre 2012 e 2017 o mercado do comércio eletrônico tenha movimentado aproximadamente US$ 25bilhões apenas no Brasil.
Atualmente, existem meios de pagamento que garantem a entrega do produto ou a devolução integral do valor pago caso ela não seja efetuada, como por exemplo o Mercado Pago, o PayPal, o PagSeguro, dentre outros. Estas são empresas que intermedeiam as transações entre o comprador e o vendedor, cabendo ressaltar que estas empresas são idôneas e comprometidas com o serviço que prestam. Portanto, ao efetuar uma compra pela internet em que o pagamento é intermediado por uma delas, significa que as chances de você não receber seu produto são mínimas.
Há ainda empresas que efetuam suas próprias transações. No entanto, neste caso é necessário ficar um pouco mais atento e comprar apenas em lojas que já possuem credibilidade no mercado.
Uma dica para quem nunca comprou pela internet, mas deseja começar a usufruir desta comodidade, é fazer uma primeira compra de um produto de pequeno valor e pagá-lo através de boleto bancário. Desta forma, você poderá avaliar alguns quesitos importantes no mercado virtual, como o cumprimento do prazo de entrega e a comunicação e serviço de informação da loja em questão, afinal uma boa loja virtual deve lhe informar por e-mail sobre cada procedimento que está sendo tomado em relação à sua compra, desde a finalização até a entrega do seu produto. As empresas que utilizam os Correios como logística de entrega devem lhe informar o código de rastreio do produto assim que ele for postado. Através deste código você acompanha através do site dos Correios cada passo até que ele chegue em suas mãos. Já empresas com logística própria costumam lhe informar cada passo do seu produto através do e-mail ou SMS.
O fato é que comprar pela internet é muito mais cômodo e certamente é o futuro do mercado, afinal você não enfrenta filas, não paga estacionamento e recebe o seu produto em casa com poucos cliques. Mas você deve estar se perguntando: E se eu não gostar do produto? Neste caso, o Código de Defesa do Consumidor garante que você poderá desistir da compra em até 7 dias após o recebimento do produto, tendo a totalidade dos valores pagos devolvidos ou a possibilidade de trocar o seu produto por outro e o custo pela devolução é de responsabilidade da empresa.
Se você nunca efetuou uma compra pela internet, faça uma experiência! Deixarei abaixo um link de uma loja virtual minha em parceria com o Magazine Luiza. Faça o teste com um produto de pequeno valor e analise os quesitos expostos acima.

A WM Store é uma parceria com o Magazine Luiza. Aqui você efetua sua compra com facilidade, comodidade e, acima de tudo, segurança. Experimente!


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quinta-feira, 7 de maio de 2015

Mais educação = Menos violência

Em 1993 foi quando foi apresentado pela primeira vez o Projeto de Emenda Constitucional (PEC) para redução da maioridade penal. A ideia "brilhante" foi de ex-deputado federal Benedito Domingos (PP-DF). Digo "brilhante" porque este é um tema polêmico que durante todos estes anos angariou milhares de votos para os políticos defensores desta ideia estapafúrdia. Aliás, esta é a única coisa para a qual este projeto é bom: angariar votos.
A população revoltada com tantos crimes bárbaros cometidos por menores de idade que, segundo a Constituição Federal, são inimputáveis, não são capazes de analisar o problema em todo seu contexto. Desde 1993 o discurso fervoroso de políticos à favor da redução da maioridade penal vem elegendo pessoas incompetentes e gananciosas que se aproveitam da falta de informação e capacidade reflexiva das pessoas. Menores que cometem crimes, independentemente da gravidade dos fatos, são jovens que foram abdicados pelo estado do acesso à educação de qualidade e muitas vezes convivem em um ambiente impróprio para a formação moral, cultural e ética de um indivíduo. No entanto, é omitido o fato de que tais condições são obrigações constitucionais destinadas ao poder público.
O que quero colocar em evidência neste post é que políticos mal-intencionados estão utilizando a falta de senso crítico da população, unidos com a sua revolta e sensação de impunidade, para se manter no poder, uma vez que a PEC da redução da maioridade penal não soluciona o problema, até porque, mesmo que aplicadas as penas vigentes, ainda permanecerá a sensação de impunidade, já que são brandas demais, pois nosso Código Penal é ultrapassado e muitas vezes desproporcional.
O problema relacionado aos menores infratores só será definitivamente resolvido com investimentos sólidos em educação. Construir escolas e não presídios! Com a construção de escolas e a ampliação do acesso à educação de qualidade, crianças e adolescentes tem mais oportunidades e consequentemente não há espaço para o crime. Colocar um adolescente em um presídio junto aos adultos é abrir mão de um futuro que poderia ser recuperado se o poder público tivesse mais coragem de enfrentar o problema de frente.

O fato de ser contra a redução da maioridade penal, não significa que defendo a impunidade para os menores infratores, mas sim defendo que as instituições responsáveis por estes menores, como por exemplo a Fundação CASA, tenham maiores investimentos e acompanhamentos de profissionais para que o jovem seja, de fato, recuperado através um trabalho socioeducativo.

Acreditar e defender a ideia de que a criminalidade diminuirá prendendo jovens infratores e aplicando as penas vigentes é pura inocência e desinformação. Enquanto isso, os chefes do executivo fazem a sociedade acreditar que esta é a única solução para tanta violência, eximindo-os da culpa por terem abandonado a educação pública. Aliás, acho até compreensível que não se invista em educação, afinal um povo instruído expulsa maus políticos com a ponta do dedo... na urna!

Prof. Marcelino Peres

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Greve dos Professores de SP: 55 dias de luta

No dia 13 de março de 2015, mais uma vez os Professores do Estado mais rico da nação, São Paulo, decidiram entrar em greve tendo em vista uma enorme e justa pauta de reivindicações. Desde então, tenho buscado acompanhar a luta destes guerreiros através das postagens nas redes sociais, dos depoimentos de colegas e, claro, das versões dadas pela mídia nada imparcial.
Muito me entristece ao analisar todo este contexto da greve e concluir que a classe docente não tem o apoio que merece da própria sociedade, inclusive de grande parte dos colegas que insistem em não participar deste movimento justo em busca de mais qualidade no ensino público. Pra falar bem a verdade, não consigo compreender como é que professores, formadores de opinião, multiplicadores de conhecimento, conseguem ficar inertes diante de tanta injustiça entre seus pares. Atualmente o professor é o profissional com ensino superior mais desvalorizado do mercado. Há profissões de nível médio que recebem o dobro da remuneração de um docente. Podemos tomar como exemplo os estagiários da ALERJ - Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, que nesta semana receberam aumento de 93%, totalizando aproximadamente R$3 mil mensais por 4 horas diárias de trabalho.

No entanto, a pauta de reivindicações é muito mais extensa. A educação precisa ser revisada e necessita urgente de atitudes concretas que contribuam para o avanço da nossa sociedade. É impossível que um professor consiga atingir plenamente seus objetivos pedagógicos tendo mais de 40 alunos em sala de aula, dispondo apenas de recursos básicos, como lousa e giz, ou nem isso. Um professor precisa ter uma carga-horária em que esteja previsto o tempo necessário para o preparo das aulas, correção de atividades, trabalhos e avaliações. Ele precisa que sua remuneração seja digna e suficiente para manter suas despesas e para que possa investir na sua formação pedagógica e cultural. A escola precisa de recursos para se tornar mais atrativa, mais dinâmica e um verdadeiro ambiente de aprendizagem.
A escola precisa disso... o professor precisa daquilo... mas há anos que estas necessidades são apontadas e apenas soluções paliativas são apresentadas. Nada que resolva efetivamente o problema da educação no estado de São Paulo.
Infelizmente parece que ainda estamos longe, muito longe de atingir os objetivos da classe docente. Por um lado temos um sindicato fraco, que sempre se contenta com as migalhas e, na boca dos professores, é absolutamente político. Por outro lado há milhares de professores despolitizados e acomodados que decoraram um discurso de que não confiam no sindicato, por isso não entram em greve, mas não incapazes de compreender que o sindicato é construído pela própria classe trabalhadora. Se ele não luta pelas mudanças, de fato nada mudará. Por um terceiro viés ainda há um governo que analisa e se diverte com toda esta situação de conflito interno, tendo um apoio mais do que necessário da mídia. Um governo que corta os recursos da educação e não reconhece que a greve seja legítima. Um governo absolutamente descompromissado que deseja um povo que tenha apenas um diploma e um histórico escolar - apenas uma folha de papel, mas que de conhecimento não tenha levado nada, porque assim fica mais fácil se manter no poder. E ainda temos uma mídia que destina mais tempo do seu principal telejornal para mostrar o panelaço de uma parcela da sociedade que não aceita a democracia, do que para evidenciar e denunciar o caos da educação no estado de São Paulo, e quando faz alguma menção utiliza de recursos gramaticais e discursivos para confundir a população e fazê-los acreditar que todo o caos não tem nada a ver com o intocável e todo poderoso Geraldo Alckmin.
Amanhã, 07 de maio de 2015, ocorrerá uma audiência de conciliação entre o sindicato dos professores e o governo do estado. Penso que seria o dia ideal para 100% de paralisação, para mostrar o descontentamento de todos os docentes, mas sei que isso é utópico. Realmente é muito mais fácil ser parasita e permanecer de braços cruzados esperando os benefícios conquistados por aqueles que estão há mais de 50 dias lutando, lutando para que todos tenham mais qualidade de vida no trabalho, lutando para que a profissão se torne mais atrativa para bons profissionais que diariamente procuram outros empregos, lutando para que a educação seja de qualidade para todos.
E para finalizar, deixo uma música do grande Gabriel O Pensador que faz refletir sobre toda essa situação de inércia por parte de alguns colegas.

Prof. Marcelino Peres


quarta-feira, 29 de abril de 2015

SANGUE: A TINTA USADA PARA MUDAR A HISTÓRIA.

O que é ser professor? Seria muita pretensão de minha parte querer neste simplório texto chegar a alguma definição para esta questão. No entanto, posso fazer alguns aforismos a respeito deste assunto, haja vista ser um professor.

Na verdade, creio que um dos papéis de um docente é provocar. Isto mesmo, ele deve provocar seus alunos a quererem aprender e, assim, caminharem com os próprios pés.
Provocar outro ser humano não está apenas associado ao pensamento primário de violência, mas sim, incitá-lo a pensar. Eis aí nosso maior desafio: formar um cidadão crítico, capaz de ser sujeito no mundo e senhor de sua própria história.

Para que seja dado cabo de algo tão gigantesco como sugere este texto, um mestre JAMAIS poderá se dar ao luxo (se é que isto é luxo, pois prefiro chamar de lixo) de acomodar-se em relação ao mundo que o cerca. Um professor inerte aos acontecimentos do cotidiano não é um professor, é na verdade um parasita que não forma e tampouco informa de maneira competente seus educandos. Com toda certeza, ele apenas ocupa – indevidamente – um lugar destinado aos seres que desejam mudanças contínuas e profundas na sociedade.

Esta introdução é apenas para deixar claro meu nojo em relação às atitudes do Governo do Paraná, sob o comando de Beto Richa do PSDB, quanto à greve dos professores. Colocar a força policial munida de gás lacrimogêneo, balas de borracha, cassetete, cachorros, e ódio, muito ódio, além da natural submissão tola (aquela que se obedece de forma irracional). Como é fácil atacar com truculência quem possui apenas giz e saliva para se defender. Covardes, medíocres, limitados, alienados!

Sobre o papel docente, ele é inenarrável, pois transpassa os muros de uma escola para lutar diariamente por um país melhor. Lutar literalmente, e reunir forças suficientes para continuar esta dolorosa caminhada, a qual recebe-se muito desrespeito, muito desamparo, muita incompreensão, muito tapa, e pouco, pouquíssimo reconhecimento.

Ficam aqui duas reflexões: primeira (destinada a todos): como iremos evoluir se ainda temos coragem de atacar nossos mestres? Segunda (pensamento de um professor que luta): “Eu vivo sem saber até quando ainda estou vivo, sem saber o calibre do perigo. Eu não sei da onde vem o tiro” – obrigado Paralamas.

Encerro com imenso pesar e dizendo: Força meus amigos professores paranaenses e paulistas, afinal a tinta usada para se escrever as grandes histórias, capazes de mudar os rumos de uma nação, é  o sangue.



Wellington Rodrigues
Wellington Rodrigues é Professor de Língua Portuguesa(UMC) e especialista em Ética, Valores e Cidadania na Educação(USP)

sábado, 25 de abril de 2015

Tire suas dúvidas sobre o Imposto de Renda 2015

Hoje já é dia 25 de abril. A entrega da declaração é até 30 de abril de 2015. Faltam apenas 5 dias!!! Fique esperto e não perca o prazo, evitando pagar multas por atraso!

Segundo o G1, 40% dos contribuintes ainda não enviaram a declaração. Deixando para última hora, certamente muitas dúvidas surgirão, sendo assim, assista o vídeo abaixo para esclarecer algumas delas.